Arquivo para outubro \30\America/Sao_Paulo 2007

30
out
07

SEXO/CAMA

 

 

 

 

 

Fui ordinária

requintada
tímida
Misturei poesia com vários palavrões
Gritei
Uivei
Gemi
Rasguei almofadas e lençóis

Fui carnaval de amor
no circo de uma cama.

 

(Manuela Amaral)

 

 ***

 

 

… por fim,

 o pano desceu,

a fera acalmou

e  domador adormeceu.

 

(Kim)

 

 

 
 
 

 

 

20
out
07

FIOS DE SOLIDÃO

 
 
 
 
Fotografia  by RICARDO CHICARELLI
 
 
 
 
 
Os ventos que as vezes tira algo que amamos,
 
 são os mesmo que as vezes trazem algo
 
que aprendemos a amar.

 
Por isso não devemos chorar por algo
 
que nos foi tirado, e sim aprender
 
 a amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é realmente nosso,
 
 nunca se vai para sempre!!!
 
 
 

16
out
07

NA CAMA

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na cama
Quando faço amor
Sou vadia
Sou menina
Sou mulher
Sou femea
Em meu momento de paixão
Misturo sussurros com palavrões
Grito
Sou loba
Faminta
Serpente
Sou puro desejo
Despedaço as roupas as suas e as minhas
Faço festa
Celebro a comunhão humana
Sou mulher.
 
 
 
 
 
 
 
Sonia Santos
 
 

 

 

08
out
07

MARCAS


 
 
 
 
 
 
 
 
Marcar  teu  corpo gostoso,  esguio 
Arrancar   teus  suspiros,  teu  gozo 
Rimar  na   tua  boca  o  meu  tesão 
Implodir o meu prazer no teu ventre 
Lasciva,     largada  …       relaxada 
Irresponsalvelmente          demente 
Assim    quero   ver  …      sempre   !
 
 
                               
 
RarosMistérios
 
 
                                                                                                
 
 
 
 

                                

 
 
 

 
01
out
07

DUALISMO

 

Fotografia: MERGULHO by Nuno Ferro

 

DUALISMO

 

Não és bom, nem és mau: és triste e humano…
Vives ansiando, em maldições e preces,
Como se, a arder, no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.

Pobre, no bem como no mal, padeces;
E, rolando num vórtice vesano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.

Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas das virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:

E, no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora.

 

OLAVO BILAC

 




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